sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Review de Mars 2120


MARS 2120 é um metroidvania desenvolvido pela QUByte Interactive, a maior publicadora de jogos independentes da América Latina. O jogo é fortemente inspirado por outros games do mesmo gênero, como Metroid e Dead Cells. Sua temática futurista é relevante ao momento atual, em que viagens para Marte e a exploração espacial estão prontas para atingir novos níveis históricos.

Desenvolvido usando a Unreal Engine, o jogo foi lançado para PC, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S, PS4 e PS5 em 1° de agosto de 2024. Além de mecânicas diferenciadas, MARS 2120 inclui várias opções de acessibilidade, tornando-o personalizável para alcançar o maior número de jogadores possível.

História

Chegamos ao século 22 (ano 2120) e a raça humana finalmente conseguiu construir e tornar habitável uma colônia no planeta Marte. Além de abrigar seres humanos, o local também realizava experimentos. Tudo ia bem até que um sinal de socorro foi enviado às Nações Unidas, e você é designado para investigar o que aconteceu. No entanto, a missão parece mais uma análise de danos do que um resgate.

Ao chegar na colônia, você se depara com um cenário caótico e assustador, reminiscentes de jogos como “Doom” e “Dead Space”. O contexto se torna cada vez mais perturbador à medida que você descobre a verdade… se conseguir sobreviver. O enredo é revelado através de arquivos de áudio que você vai encontrando durante as explorações.

Gameplay/Jogabilidade

Chegamos ao ponto que considero o mais importante em um metroidvania: a jogabilidade. O jogo começa em um bom ritmo, apresentando os inimigos primários de forma gradual. O ritmo é constante e não frenético, com inimigos que, embora não variem muito, representam desafios distintos. Alguns são imunes a determinadas armas e habilidades, uma das mecânicas interessantes de MARS 2120.

O jogo possui uma mecânica de habilidades específicas para cada arma. Por exemplo, tiros carregados de eletricidade podem desbloquear áreas e permitir o transporte por paredes e portas energizadas. Há também a habilidade de deslizar por dentro de fiação em curto, entre outras. Além disso, há armas e habilidades baseadas em outros elementos, como gelo, que permitem superar desafios específicos e acessar novas áreas, incentivando a exploração contínua.

Diversas melhorias podem ser feitas no personagem, dependendo da quantidade de exploração e inimigos derrotados. Quanto mais pontos de experiência você acumular, mais poderá investir para se tornar mais forte e resistente.

O jogo apresenta algumas quebras de ritmo devido à exploração, que depende das armas e habilidades desbloqueadas. Às vezes, você pode acabar em uma rota errada e travar em um ponto que requer algo que ainda não adquiriu, precisando voltar e explorar áreas que deixou passar.

Como é típico do gênero, você enfrentará chefes que exigem domínio das habilidades e uso do combate corporal para causar o máximo de dano possível. Eles muitas vezes utilizam o cenário e golpes poderosos, por isso é importante ficar atento aos movimentos deles para prever o que vem a seguir e se preparar. Joguei a versão de PC (Steam) com tudo no máximo, e o jogo manteve-se fluido o tempo inteiro.

Algo interessante que preciso mencionar nesta review, é que um amigo está jogando em paralelo e nós chegamos ao mesmo ponto do jogo, porém, fizemos rotas diferentes para chegar lá, incluindo a ordem dos chefes derrotados.

Gráficos e trilha sonora

Achei os cenários – que achei bem inspirados por Metroid Prime – itens de preenchimento e o visual geral muito competentes. Foi escolhido um estilo de arte diferente, onde os elementos não são tão nítidos. Acredito que essa seja uma escolha artística que combina perfeitamente com a atmosfera envolvendo outro planeta e me passou uma sensação de que estamos vendo de um capacete. Quanto aos sons, tudo é muito competente, sem nada a acrescentar aqui.

Ponto de observação

Durante algumas batalhas contra chefes o som ambiente sumiu, seguido da ausência do som das armas e golpes, retornando apenas alguns segundos depois. Não atrapalha a gameplay, mas em uma luta contra chefe, sem a trilha sonora, perde-se um pouco da emoção e atmosfera de tensão do combate.

Algumas animações relacionadas aos chefes parecem um pouco ultrapassadas, acredito que isso seja devido ao fato de o estúdio nunca ter trabalhado nesse tipo de game antes. Novamente, não impacta na gameplay, mas fica essa observação para que as animações sejam mais fluidas e menos mecânicas.

Conclusão

Estamos diante de um ótimo jogo do gênero. Embora não seja o ápice da inovação, o game nos presenteia com diversas mecânicas interessantes e semelhanças com outros games do gênero, ele nos incentiva a explorar cada cantinho em busca de upgrades e isso torna a gameplay mais fácil e dinâmica, evitando que se resuma apenas a atirar e avançar.

Os chefes não são um grande desafio, apenas exigem atenção. O sistema de mapa é fácil de aprender, e você pode facilitar ainda mais sua navegação com as opções de acessibilidade. Além disso, há um sistema de transporte que facilita as idas e vindas típicas do gênero. 

Com uma jogabilidade fluida, mecânicas legais e um visual muito atraente, Mars 2120 tem grande potencial para fazer sucesso.

9/10

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